Impostos Para Refrigerantes e Redução da Obesidade Infantil no Reino Unido.

No final do mês de Janeiro de 2023 a Revista Veja publicou uma matéria que mostra o quanto o consumo de refrigerante pode estar relacionado com a obesidade infantil: “A implementação de impostos da indústria de refrigerantes no Reino Unido está associada a diminuição de 8% na obesidade entre meninas de 10 a 11 anos “ [Leia a matéria na íntegra aqui];

Na reportagem é relatado que na Inglaterra, a obesidade infantil tem aumentado consideravelmente nas ultimas décadas, e o consumo de bebidas adoçadas estaria como um fator relevante nesse índice.

Segundo Simone Blanes, na revista Veja, “em abril de 2018, o imposto sobre a indústria de refrigerantes do Reino Unido (SDIL) entrou em vigor para incentivar os fabricantes a reduzirem o teor de açúcar das bebidas.”

Logo a medida drástica acabou sendo o fator preventivo e eficaz para diminuição da obesidade infantil.

O assunto é relevante, por que, considerando que há evidências sobre a obesidade e o teor de açúcares, então fez todo sentido o aumento de impostos para as indústrias de refrigerantes sobre a redução desses açúcares, fato esse que se manifestou em uma diminuição importante na obesidade das crianças.

Para abordar esse tema tão importante vamos falar com a Dra. Cibele Furlan, doutora em alimentos e nutrição pela Unicamp, e vai nos explicar o porquê os açucares dos refrigerantes fazem mal as nossas crianças, promovendo a obesidade tão recentemente nos pequenos.

O maior problema dos refrigerantes são os açúcares e os aditivos. Em uma lata de 250mL contém em média 27g de açúcar equivalendo a 2 colheres de sopa de açúcar, além dos aditivos que podem ser cancerígenos. Hoje já aparecem evidências científicas que os refrigerantes adoçados com açúcar ou adoçantes apresentam relação positiva com o desenvolvimento de derrame e demência, maior risco de mortalidade, diabete e problemas cardiovasculares, mesmo se consumido apenas uma única vez ao dia.